terça-feira, 27 de outubro de 2009

Saudade

Ao que parecia uma distinta história de amor tornou-se um conto vazio. Sem linhas. Sem palavras. Sem letras. Inexplicável. Passou rápido e derrepente tornou-se uma porção de nada, um bocado de vazio. A única explicação para isso é a própria palavra sem definições. Nem que tivesse mente sábia e fosse um ser isento de erros constantes conseguiria definí-la. Vazio, um belo conto vazio. Ao menos, tenho tudo em minha memória. Sem linhas. Sem palavras. Sem letras. Cenas que parecem surreais de tão utópicamente perfeitas. Incrível a força do seu olhar. Castanhos, aqueles belos olhoscastanhos me tirando a concentração toda vez que encontravam os meus. Notavas sempre a maneira na qual eu corava quando falavas comigo; culpa daqueles olhos. Não achei que iria dar certo. Pessoas diferentes. Caminhos diferentes. Distância... foi quando toda esta realidade que mais parecia um sonho acabou. Um simples adeus apunhalado em meu coração. E a distinta história de amor eterniza-se em mim. E em ti. Torna-se um conto vazio somente porque ele não se encerra. Virou nada.
Mas afinal, a base do 'nada' é o 'tudo'. Assim como a base da primeira pessoa é a a segunda pessoa. Eu. Tu.